Olá meus queridos(as), só para o dia nascer feliz quero apresentar aqui dois poemas de György Petri, poeta,tradutor e periodista húngaro, 1943-2000. Conheci estes poemas anos atrás e me encantei com a dramaticidade e ao mesmo tempo a suavidade que o autor mostrava em sua narrativa. Manja só!
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"Não viver é melhor")"Esqueça")..."Não diga que é o fim"...
ResponderExcluirCada um de nós recebe uma célula refulgente que contém todos os instintos e conhecimentos necessários para nossa vida.
Ela é a força da vida-morte;é a incubadora. É a intuição, a vidência, é a escuta com atenção tem o coração leal.
E em nós mulheres existe uma outra mulher que quer viver, sussurra em sonhos noturnos; ela deixa em seu rastro no terreno da alma,
pegadas.
Caminhamos pelos desertos, bosques, oceanos, cidades, nos subúrbios e nos castelos.vivemos entre rainhas, entre camponesas, na sala de reuniões, na fábrica, no presídio, na montanha da solidão. vivemos no gueto, na Universidade e nas ruas.Deixamos pegadas onde quer que haja uma única mulher que seja solo fértil.
Vivemos no lugar onde é criada a linguagem... vivemos da poesia,da percussão e do canto.
Muitas vezes "descostumanos de ser", mas estamos no éter no início dos tempos, na lágrima e no oceano... no câmbio das árvores, que zune a medida que cresce.
Isso é tudo que nos mantém vivas quando achamos que chegamos ao fim.
E o poeta pergunta,"existe o fim'?" Afinal o que é?"
O fim é o recomeço de algo, quando deixamos o verde que surge através da neve penetrar em nós e sentir o farfalhar dos caules do milho seco do outono, nos beijando.
A vida existe em nossos sonhos noturnos e pensamentos diurnos, em nossos anseios e aspirações...
TIETA